domingo, 12 de julho de 2015

Sou



Quando era criança tinha o hábito de acordar de manhã, olhar pela janela e escrever o que estava vendo. Usava uma máquina de escrever antiga do meu pai e saía datilografando (sejamos sinceras: eu mais “catava milho” que datilografava). No começo era um verso, depois uma estrofe e por fim um poema inteiro! A qualidade do produto final não era “lá aquela coisa”, mas eu gostava do que eu lia e era isso que importava!
Com o tempo esse hábito foi se perdendo e eu parei de escrever sobre o que eu via e passei a escrever o que eu sentia. Infelizmente, durante muito tempo, em bloqueei os meus sentimentos e já não tinha mais o que escrever. Eu simplesmente seguia o fluxo da vida (e não era a minha).
A postagem da semana passada foi libertadora para mim. Eu consegui tirar as amarras que prendiam as minhas mãos e os meus sentimentos e voltei a escrever! Ainda não estou escrevendo muito sobre o tema do blog, mas posso te garantir que se não fosse mais uma “mazela feminina” na minha vida eu não estaria me abrindo tanto assim pra você.
Escrever é mais que um hábito, é uma necessidade para ordenar os meus pensamentos e poder seguir em frente. Só que dessa vez, seguindo o MEU fluxo!

Presenteio você com algo que escrevi e quero muito compartilhar. Espero que goste!

Sou exigente, explosiva e impulsiva
Sou amarga, solitária, irritada
Sou amiga, companheira, apaixonada
Sou fiel, guerreira, quase invencível
Sou irônica, engraçada e até bem-humorada
Falo o que penso, penso no que falo e nem sempre o saldo é positivo
Tento ignorar o que me machuca e acabo me machucando do mesmo jeito
Defendo minhas convicções com unhas e dentes, mas por vezes me sinto banguela
Tenho sonhos realizados, sonhos improváveis e sonhos impossíveis. Os pesadelos? Procuro não mantê-los
Sou independente, objetiva, racional
Sou carente, incompreendida, emocional
Sou tudo o que posso ser em uma só
E me multiplico em várias para ser apenas EU!

Brasília, 12 de julho de 2015.

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