No final de 2011 criei este blog com o objetivo
de expor as experiências de uma jovem recém-separada: EU. Descrevi sensações,
vivências e percepções e descobri que eu era capaz de me curar daquela dor a
cada palavra escrita. Eu sempre digo que livro de” autoajuda” ajuda mesmo o autor...
Foram poucas publicações. O blog acabou, mas
a minha vida continuou. Muitas andanças depois, cá estou eu, de volta ao meu
porto seguro: a escrita. Escrever sempre foi minha válvula de escape. De
maneira geral, escrevo para mim mesma, sem me preocupar com muito com as regras.
Eu simplesmente deixo as ideias e os pensamentos fluírem e depois os transformo
em palavras, frases, parágrafos...Tem gente que fala sozinha. Eu escrevo! Feliz
ou triste lá está eu escrevendo. Às vezes escrevo em vários papéis diferentes como
se fossem recortes. Outras vezes começo a escrever em um lugar e termino de
escrever em outro. Qualquer pensamento que tenho é motivo para escrever: ora
uma frase, ora um testamento.
E o que me fez parar de escrever por tanto
tempo? Essa é uma pergunta que ainda vai ficar sem resposta... Ficou curiosa?
Continue me acompanhando por aqui! (Eita marketing barato!).
Voltando
ao que interessa...
Vamos dizer que eu “esqueci de me ler”. Por
meses falei SOBRE as minhas experiências, mas estava falando o tempo todo DE
MIM. Me revelava a cada texto escrito, não para vocês, mas para mim mesma!
Ontem resolvi reler os meus textos. De vez em quando eu indico o meu blog achando
que o meu relato (ou desabafo) pode ajudar. Mas eu mesma não lia nada. Nenhuma palavrinha
sequer! Às vezes ficava com vergonha e outras vezes com medo. No início foi
meio estranho. Li um... Depois outro... A sequencia das publicações era o que
menos importava. Nossa! Como fui ousada! Fui lendo mais um pouco e comecei a
relembrar cada momento vivido e o sentido de cada um deles na minha vida. Foi
aí que percebi o que estava vendo: eu mesma! Como um espelho, cada história me
refletiu exatamente como eu era (ou sou?). A diferença é que um espelho só
reflete a imagem, o que os olhos conseguem ver. Os meus textos refletiram algo
diferente, mais profundo... refletiram a minha alma!
Confesso que pela primeira vez (depois de
muito tempo) eu percebi o quanto eu gosto de mim! Se não fosse isso, não teria
me presenteado com algo tão belo: a minha própria história escrita para que,
nos momentos de incertezas, eu pudesse relembrar quem eu sou!
Não sei se esse é um recomeço ou apenas uma
continuação. O principal eu já sei: EU ESTOU DE VOLTA!
Brasília, 09 de julho de 2015.
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