Quando era criança tinha o hábito de acordar
de manhã, olhar pela janela e escrever o que estava vendo. Usava uma máquina de
escrever antiga do meu pai e saía datilografando (sejamos sinceras: eu mais “catava
milho” que datilografava). No começo era um verso, depois uma estrofe e por fim
um poema inteiro! A qualidade do produto final não era “lá aquela coisa”, mas
eu gostava do que eu lia e era isso que importava!
Com o tempo esse hábito foi se perdendo e eu
parei de escrever sobre o que eu via e passei a escrever o que eu sentia. Infelizmente,
durante muito tempo, em bloqueei os meus sentimentos e já não tinha mais o que
escrever. Eu simplesmente seguia o fluxo da vida (e não era a minha).
A postagem da semana passada foi libertadora
para mim. Eu consegui tirar as amarras que prendiam as minhas mãos e os meus
sentimentos e voltei a escrever! Ainda não estou escrevendo muito sobre o tema
do blog, mas posso te garantir que se não fosse mais uma “mazela feminina” na
minha vida eu não estaria me abrindo tanto assim pra você.
Escrever é mais que um hábito, é uma
necessidade para ordenar os meus pensamentos e poder seguir em frente. Só que
dessa vez, seguindo o MEU fluxo!
Presenteio você com algo que escrevi e quero
muito compartilhar. Espero que goste!
Sou
exigente, explosiva e impulsiva
Sou
amarga, solitária, irritada
Sou
amiga, companheira, apaixonada
Sou
fiel, guerreira, quase invencível
Sou
irônica, engraçada e até bem-humorada
Falo
o que penso, penso no que falo e nem sempre o saldo é positivo
Tento
ignorar o que me machuca e acabo me machucando do mesmo jeito
Defendo
minhas convicções com unhas e dentes, mas por vezes me sinto banguela
Tenho
sonhos realizados, sonhos improváveis e sonhos impossíveis. Os pesadelos?
Procuro não mantê-los
Sou
independente, objetiva, racional
Sou
carente, incompreendida, emocional
Sou
tudo o que posso ser em uma só
E me
multiplico em várias para ser apenas EU!
Brasília, 12 de julho de 2015.