terça-feira, 29 de novembro de 2011

Viva o pensamento peniano!


Semana passada escrevi sobre a necessidade de entender os homens. Ou melhor, tentei escrever sobre isso. É praticamente impossível entendê-los! Apesar da frustração latente de não conseguir alcançar esse objetivo, cheguei à conclusão (e provei) que homem gosta de homem.
            Homem gosta de mulher que tem atitude, mesmo que a atitude seja não fazer nada: não ligar, não falar nas redes sociais. Ignorar, mesmo que seja com sacrifício.
            Falei também de uma certa recaída e da minha vontade de retornar ao topo da cadeia alimentar. Agi naquele estilo “faça o que eu digo, não faça o que eu faço” e acabei me lascando.
            Bem, caras leitoras, é com grande orgulho que eu digo, ou melhor, grito (quero deixar todas com inveja!): conquistei o meu objetivo. Estou de volta!
            Não foi uma tarefa muito fácil. Ter o número dele no meu celular e ver a tal da bolinha verde do Facebook era tentador. Eu queria falar com ele. Entender o porquê do seu sumiço. Pensava: “será que fui muito fácil?”, “será que ele não gostou de mim?”.  Estava pensando como mulher e agindo como homem.
            Desisti de falar com ele, mas ainda queria escrever uma última mensagem. Estava pensando no que ia escrever, escrevendo (estou falando daquele comportamento que todas nós mulheres fazemos. Escrevemos um testamento e depois apagamos tudo! Não seria mais fácil pensar antes de escrever?). Bolei várias frases provocantes, mas achei melhor não enviar nenhuma delas. Foi num desses momentos de inspiração, logo após escrever minha crônica sobre o romantismo, que a bolinha verde do Facebook resolveu se manifestar.
            A primeira coisa que fiz foi gritar: “viva o pensamento peniano!”. Foi surpreendente! O pensamento peniano realmente funciona! Respirei fundo e procurei ser o mais indiferente possível. A cada nova frase que surgia eu me segurava para não entregar o jogo.
            Conversa vai, conversa vem. Decidi aceitar o seu convite e fui me encontrar com ele. Mais uma vez foi maravilhoso, divertido e libertador. Não vou falar mais nada. Prefiro que vocês usem a imaginação.
            É bem provável que a “nossa história” fique nisso. E quem se importa? Por que o sexo precisa ser um tabu? Por que nós mulheres não podemos fazê-lo sem o compromisso de virar um compromisso? Esse é mais um pensamento peniano com o qual o tenho me identificado muito.
                                   
            O Ministério da Saúde adverte: a continuação da leitura desse texto é contra-indicada para pessoas puras e castas.

            Vou ser sincera com vocês (aliás, sempre sou!). Não tenho a intenção de transar com todo homem que aparecer. Não é minha intenção e nem quero! Já transei com um cara que não tinha a menor afinidade. Não pretendo repetir a experiência, mas ter vivenciado isso foi muito importante para mim.
            Hoje acredito ser possível fazer sexo pelo sexo. Se há um envolvimento, um interesse mútuo, fica bem melhor, mas não é fundamental. Sexo, por si só, já é gostoso. O amor é um tempero especial.
            Ai, meu Deus! Será que estou virando um homenzinho? Que nada! Nesse momento da minha vida, pensar dessa forma está sendo extremamente útil. Responda com sinceridade: com que freqüência você vê um homem sofrendo por amor? É por esse motivo que o pensamento peniano tem me despertado tanto interesse.
            A mulher sensível e romântica que eu fui ainda existe. Ela reaparece em cada suspiro que dou quando vejo a bolinha verde no Facebook, quando dou um sorriso de satisfação ou quando, depois do sexo, fico deitada na cama fazendo carinho na pessoa que eu escolhi para estar lá.
            Uma vez eu li que a maior defesa é o ataque. Se isso servir para apaziguar a minha revolução interna, providenciarei novos ataques! Cansei de sofrer! Cansei de me arrepender! Agora é a minha vez! Cuidado homens: já existe uma mulher que pensa como vocês!


Brasília, 29 de novembro de 2011.

2 comentários:

  1. Engraçado... eu vejo homens sofrendo por amor! No aconchego do consultório terapeutico, isso se revela... acho que a diferença, é que a mulher sopra seu sofrimento aos quatro ventos, o homem guarda pra si ou fala pra um escolhido só.
    beijos!!

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  2. é verdade. eu conheço homens que assumem que sofrem por amor.

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