sexta-feira, 16 de março de 2012

Solteira?

    Vou parar de me justificar! Vou parar de temer meus sentimentos! Vou dizer a verdade, somente a verdade!
    Nunca me senti tão só e tão bem na minha vida! Pode parecer contraditório, mas é isso mesmo o que está acontecendo. É possível ser feliz sozinha. Já descobri isso. Acontece que está chegando o momento de ser feliz junto e eu estou morrendo de medo disso!
    Há 5 meses criei esse blog e desde janeiro não escrevo uma linha sequer (até escrevo...mas não posto). Enfim, estava num momento de (re)descoberta e parece que agora estou querendo um porto seguro para atracar.
    Tenho percebido que a minha relação com os homens está mudando. Depois de alguns “cachos”, “peguetes” e “P.A.s”, percebi que eles continuavam como o centro da minha vida. Eu vivia em função deles e não apenas pelo prazer que eles poderiam me oferecer.
    Eu comecei a me perder nessa história e o pior é que eu não tinha GPS! Eu pensava como homem, mas a minha natureza continuava feminina. Sinto falta de carinho, atenção, romantismo... Isso é muito mais importante que sexo (Exagerei. É tão importante quanto sexo).
    Estava em um ritmo frenético e esse ritmo ficou mais acelerado no carnaval. Fiz tanta coisa... (Hora de usar a imaginação. Coelhinha, gatinha e diabinha foram apenas algumas das minhas fantasias).
    Esse período me revelou muita coisa. Sabia que precisava viver muitas coisas (eu queria viver essas coisas!). Acontece que eu entendi a mensagem de maneira equivocada. Pensava que agindo assim eu poderia me libertar dos buracos que estavam abertos, das experiências que não foram vividas.
    Descobri algo muito maior! Eu realmente me libertei de algumas coisas, superei outras tantas. Mas o principal foi ter feito contato com quem eu realmente sou. Sabe aquela brincadeira de adivinhação aonde você vai fazendo um monte de perguntas e acaba descobrindo a resposta a partir dos “nãos”? Minhas experiências me mostraram quem eu não gosto de ser e foi a partir daí que pude ver quem eu realmente sou.
    Não tenho como me descrever como uma pessoa “assim ou assada”. Ainda estou me transformando, ganhando forma. E na medida em que vamos ganhando forma, conseguimos nos fortalecer e enxergar aquilo que realmente queremos.
Hoje percebo que não quero mais ficar sozinha e que não vou aceitar qualquer coisa para alcançar esse objetivo. Quero ter um companheiro, alguém que esteja disposto a construir uma relação sólida e pronto para reconstruí-la quando for necessário. Alguém que me ame pelo o que sou e não pelo que posso vir a ser (eu sei TUDO o que posso ser, mas vou deixar que ele descubra). E o principal: que me faça rir! O bom-humor facilita muito as coisas!
    Será que esse homem existe? Bem, nos meus pensamentos ele já está. Resta saber se ele continuará dentro de mim ou se algum dia ele poderá estar ao meu lado. O medo ainda é muito grande e as incertezas são inúmeras. O certo eu já tenho: estar solteira. Agora vou investir no duvidoso!


Brasília, 16 de março de 2012.